Sabe quando ficamos cansados de
sempre ler e ouvir as mesmas ladainhas, as mesmas lamentações - escândalos na
sua maioria em 99% de políticos como atores principais e alguns tantos outros
assessores como contra regras? Pois é, depois de me aprofundar um pouco nas
entranhas políticas, de participar de processos eleitorais e entender um pouco
mais do que antes, de quando nunca dava de ouvidos à essas informações, sempre
pífias...
Cheguei a certa conclusão.
A sociedade clama por socorro aos
seus governantes. É triste, mas o sistema esta trucidando os pobres governados.
E, em resposta deveríamos confrontar o sistema, sermos como filhos de Jorge,
que não desistamos de buscar o êxito nas lutas, nas guerras e mesmo que feridos
retrucarmos.
O sistema esta executando o
proletariado. Até onde sei, o povo é dependente dos serviços dos homens que
“democraticamente” são eleitos pelo próprio povo - pra nos resguardar perante
as circunstâncias dos serviços postos a sociedade. Seja no âmbito da Saúde, da
Segurança, do Desenvolvimento econômico, da geração de empregos, enfim...
Porém, o que vimos hoje é
completamente o contrário. O sistema de saúde publica clama por mais socorro do
próprio usuário que padece nas filas, que rezam pela sua sorte de um dia poder
usufruir os serviços dos quais paga-se para ter. Onde já se viu? Um hospital
que não goza dos serviços de um neurocirurgião na Urgência em plena data
natalina, onde uma criança morre à espera de socorro durante 8horas. Simplesmente
porque o tal Dr. Adão Orlando Crespo não foi de acordo com o sistema de escalas de serviço, e, mesmo sabendo
que vidas dependiam dos seus serviços no dia que fora escalado, ele
simplesmente faltou! E que no mês de dezembro, ele sequer pisou no local de
trabalho – pasmem, o servidor só pode ser mandando embora se atingir incríveis
30 faltas. É triste mais é verdade, será que teremos de ceder mais 30 vidas para
que as coisas funcionem de forma ordeira? Ora, se ele sabia que não atuando
poderia haver pessoas na situação que necessitariam das mãos dele pra
sobreviver - logo pensamos, ele sabe da importância dele. Juridicamente omissão
de socorro é plausível de até um ano de prisão, e até onde entendo a tentativa
de homicídio, ao invés de culposo, deveria ser doloso, por simplesmente ele
saber que o cargo que exerce da maneira que exerce, ele é insubstituível.
E quem paga é a sociedade com a vida. Tornamos-nos
refém do sistema.
Seria isso falta de educação? Concluo que talvez, sim.
Contudo, a sociedade resolveu começar a se mexer e
sobre o ponto de vista de um todo, propuseram a criação de uma lei que veio a
ser denominada “Ficha limpa”. Lei essa que solicitaria a apresentação de um “nada
consta” da vida do candidato, algo mais do que normal pra quem se candidata a
qualquer cargo ou profissão. Mas... Não foi bem do jeito que as coisas deveriam
ter saído. A lei que veio do cerne da sociedade acabou sofrendo alterações de
juízes e ministros, que, por sua vez, aditaram o conteúdo a fim de sei lá
porque, dar brechas aos homens de colarinho branco. E mais uma vez a sociedade
foi jogada pra escanteio. Visto que, os resultados da ultima eleição foram de
uma vergonha só. Me sinto envergonhado de ter assinado o manifesto para
aprovação da lei, pois nada mudou. Velhos conhecidos estão ai de volta.
Prefeitos que carregam centenas de processos, deputados que mesmo que
condenados à prisão assumindo suplências, vereadores que tão pouco sabem os
princípios da moralidade para ocupar tal cargo voltam ao cenário. E uma casa de
tanta importância como o Senado,afasta o seu presidente em 2007 e esse ano ele
esta de volta com os mesmos vícios e a mesma conduta; a imoralidade. É uma
vergonha – é sim! Mas também é uma vergonha fazer parte dessa sociedade
anarquista que luta pra ter o que temos hoje, o Nada. Isso mesmo, cultuamos o
nada, podemos até nos inserirmos ao movimento artístico europeu da década de
20, o Dadaismo, artistas que cultuavam o nada. E hoje, não esta diferente, não
temos nada de qualidade na saúde pública, na educação, não temos nenhuma
qualidade nos transportes publico, não temos nada de segurança – regredimos.
Se realmente lutássemos por mudanças, certamente avaliaríamos
melhor os trastes que se candidataram e que agora somos obrigados a
fiscalizarmos novamente. Algo que invariavelmente nos dará muito trabalho como
de praxe.
Então analisando bem, pensei cá comigo; se eles são
funcionários do povo, logo somos o Patrão, e, Patrão que não manda e não fiscaliza
sua empresa, logo logo vai falir... Então minha gente a contratação dos nossos
funcionários mesmo que inoportuna, já foi feita. Agora basta mandarmos – o
contrário do que estamos vivendo, estamos sendo obrigados a aceitar as inserções
de nossos funcionários (é o poste mijando no cachorro). Vamos cobrar, vamos
fiscalizar e fazer com que eles se sintam pressionados a trabalharem, algo que
o nosso Brasil precisa e muito.
Não podemos nos deixar entregues a esse estado
monocrático o qual querem nos levar. O povo tem de ser sempre a oposição do
governo. Senão voltamos à mesmice, e com a certeza de que, nada valeu o tiro da
liberdade dado pelas próprias mãos de Vargas em seu peito.
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